Os nervos da mão é uma região do nosso corpo bastante complexa, os quais estão suscetíveis a uma série de problemas.
Inclusive, para aqueles que costumam fazer movimentos repetitivos, os nervos da mão acabam se tornando ainda mais propensos a ter algum tipo de problema.
Sendo assim, é interessante saber quais são as doenças que podem afetar os nervos das mãos, e é sobre isso que iremos falar a seguir.
Quais são as principais doenças que acometem os nervos da mão?
Há diversas doenças que podem acometer os nervos da mão e o punho, sendo que as causas são das mais variadas possíveis.
Na grande maioria das vezes, o problema tem ligação com alterações hormonais, doenças reumatológicas, infecções, traumas e tumores.
E, para cada uma dessas doenças, há um tratamento mais adequado. Por isso, o paciente deve passar por uma avaliação médica detalhada, a fim de averiguar o problema da causa.
Fora isso, muitas das vezes a patologia na mão ocorre devido ao movimento repetitivo, os quais são denominados de LER – Lesão por Esforço Repetitivo.
Mas, quando esse problema tem relação com alguma atividade realizada durante o expediente, denomina-se como DORT – Doença Osteoarticular Relacionada ao Trabalho.
Agora, em relação às principais doenças de acometer os nervos da mão e punho, podemos citar as seguintes:
Síndrome do túnel do carpo
A síndrome do túnel do carpo nada mais é quando o nervo mediano sofre a compressão do nervo, o que ocasiona em dores, dormência e formigamento.
Esse nervo está localizado bem no túnel do carpo, sendo que ele é o responsável pela sensibilidade da base do polegar, médio, indicador e parte do anelar.
Por consequência, acaba sendo comum que o paciente apresente limitação de movimento e diminuição da sua força.
Devido às mudanças hormonais, muitas mulheres que estão na pós-menopausa podem sofrer desse problema.
Inclusive, essa é uma das razões pelas quais a incidência desse problema é muito mais comum em mulheres na faixa dos 40 a 60 anos de idade.
Entretanto, pacientes com diabetes, doenças renais e gestantes também estão no grupo de risco.
Sobre o tratamento, geralmente é pelo método conservador, onde é preciso fazer uso de órtese e remédios anti-inflamatórios.
Dedo em martelo
O dedo em martelo pode ocorrer por conta de vários problemas, tais como artrite e artrose. Entretanto, o tipo mais comum é quando ocorre durante uma atividade esportiva.
Essa lesão é praticamente sinônimo de ruptura do mecanismo extensor terminal dos dedos, a qual pode ser por fratura ou ruptura tendínea.
Devido a queda da falange distal, acaba que o dedo fica torto e o paciente não consegue mais esticar. É por essa razão que se chama “dedo em martelo”.
Em relação ao tratamento, o mais adequado é o conservador. Nesse caso, o paciente fica com o dedo imobilizado por 6 a 8 semanas. A cirurgia só ocorre quando existe subluxação do dedo.
Dedo em gatilho
Nada mais é do que quando há um estreitamento dos tendões flexores na sua entrada nos dedos. A região mais comum de acontecer isso é a polia A1.
As polias têm por função firmar os tendões que estão próximos aos ossos das mãos e, dessa forma, possam se mover com mais força e com a sua amplitude normal.
Mas, quando começa a inchar, compromete-se a movimentação dos dedos. O dedo em gatilho faz com que o paciente tenha desconforto progressivo.
Inclusive, é possível sentir o nódulo bem na base do dedo, o que ocasiona dor. Ademais, aparenta que o “travamento” do dedo ocorre no primeiro “nó” do dedo.
Ainda não se sabe ao certo as razões para essa doença, mas pacientes que tenham gota, diabetes, artrite ou alguma doença renal, podem ter uma certa predisposição.
Para tratar o dedo em gatilho, o médico pode indicar o uso de anti-inflamatório, infiltração de corticoide ou mesmo a cirurgia, a depender do grau do problema.
Moléstia de Dupuytren
O paciente que sofre desse problema pode notar a presença de nódulos na base do dedo mínimo, polegar e anelar.
No entanto, é bem comum não sentir dor nos nervos da mão. Mas, a médio prazo, esses nódulos podem confluir.
Assim, acabam por formar ligações que incapacitam a extensão dos dedos, bem como causar deformidade na região palmar da mão.
Ainda não se tem muitas informações desse problema, mas o que se sabe é que tende a afetar homens com mais de 40 anos de idade.
Tenossinovite de De Quervain
Em suma, nada mais é que um tipo de tenossinovite que ocorre no polegar, sobre o estilóide do rádio. O puerpério é a época da vida mais comum de se ter essa lesão.
Além disso, pacientes que trabalham com punhos em flexão ou mesmo com os polegares abertos, também estão sujeitos a esse problema.
Por mais que o seu diagnóstico seja clínico, há alguns exames de imagens que podem ajudar a ter um diagnóstico mais preciso.
O tratamento deve ser feito com imobilização, uso de medicamentos e alongamentos.
Cisto sinovial
O cisto sinovial tende a acontecer com mais frequência no dorso do punho, o qual pode se aderir em tendões e cápsulas articulares.
Ao constatar o problema, o tumor pode tanto aumentar quanto diminuir de tamanho. Em vista disso, logo que houver a suspeita de cisto, o médico deve acompanhar o paciente.
Mulheres que estão na faixa dos 20 a 40 anos são mais acometidas por esse problema, por mais que homens também possam ter esse problema.
A depender da gravidade, há momentos em que a infiltração medicamentosa é a melhor alternativa de tratamento.
Mas o médico ainda pode considerar a punção do cisto ou a ressecção cirúrgica, para casos refratários.
Fraturas do punho
As fraturas que acontecem na região distal do osso rádio são chamadas de fratura no punho, as quais ocorrem por um pico bimodal.
É um problema mais comum de ocorrer com jovens que sofrem de uma trauma de alta energia, bem como:
- Moto;
- Bicicleta;
- Automóvel;
- Atividades físicas etc.
Contudo, idosos também estão suscetíveis ao problema, haja vista que possuem fragilidade dos ossos, em especial os que sofrem de osteoporose.
O tratamento pode ser tanto cirúrgico quanto feito por gesso, sendo que isso vai depender de acordo com o desvio intra e extra-articular das lesões associadas.
Fraturas da mão
Os nervos da mão podem sofrer algum tipo de fratura, em decorrência de uma trauma de baixa ou alta energia.
No geral, esse é um problema que acomete homens de 10 a 40 anos, sendo que o seu principal sintoma é a dor na mão e limitação de movimento.
Para que o médico indique um tratamento, primeiro ele deve avaliar a gravidade do trauma. Em vista disso, deve-se levar em consideração o tamanho, local e deformidade da fratura.
Contudo, os métodos conservadores são mais eficazes, bem como a imobilização por gesso na falange e metacarpos.
Há alguns desvios angulares e encurtamentos em que o médico também é capaz de tratar sem que seja necessário um procedimento cirúrgico.
Mas, se por acaso a mão tiver desvio rotacional, ainda que pequeno, o paciente precisa passar pela cirurgia.
Isso ocorre devido a repercussão clínica do trauma, que pode gerar uma grande limitação funcional.
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