O tendão do ombro é uma estrutura bem complexa e de grande importância para todo o nosso corpo, haja vista que é capaz de manter a estabilidade.
Na verdade, a articulação do ombro é vital, já que é a responsável por grande parte da nossa movimentação.
O tendão do ombro é uma estrutura bem ativa e, por conta disso, acabam estão suscetíveis ao desgaste e degeneração.
Os tendões do manguito rotador, por exemplo, sofrem um certo desgaste todas as vezes em que usamos os nossos braços.
Inclusive, a lesão do manguito rotador é um tanto dolorosa, haja vista que é uma estrutura bem ativa.
Ademais, os problemas no tendão do ombro podem ocorrer em qualquer idade, apesar de ser mais comum em pacientes que estão acima dos 40 anos.
Então, se você quer entender melhor sobre o tendão do ombro, bem como os possíveis problemas que podem lhe acometer, é só continuar nesse artigo.
Como é a anatomia dos tendões do ombro?
Uma das coisas que você precisa saber a respeito do assunto é em relação a como é a anatomia do ombro. Em suma, ele possui três ossos:
- Escápula;
- Úmero;
- Clavícula.
O manguito rotador é o responsável por ligar o úmero à escápula, sendo que ele próprio é formado pelos tendões dos quatro músculos:
- Supraespinhal;
- Infraespinhal;
- Redondo menor;
- Subescapular.
A função dos tendões é anexar os músculos aos ossos para que, dessa forma, o músculo seja capaz de movimentar tanto a articulação quanto o osso.
Em relação a função do manguito rotador, ele ajuda na movimentação, como levantar e girar o braço, por exemplo. Ao levantar o braço, o manguito rotador mantém o úmero firme, junto a glenóide.
Agora, em relação a parte superior da escápula que compõe o teto do ombro, se chama acrômio, que também é importante para toda a estrutura.
Já a bursa fica bem entre o acrômio e os tendões do manguito rotador, a qual é um saco de tecido lubrificado, cujo intuito é reduzir o atrito entre as estruturas.
Na verdade, as bursas ficam em todo o corpo, inclusive no ombro.
Quais são as causas de ruptura no tendão do ombro?
Uma das coisas das quais você precisa saber é que a lesão do manguito rotador costuma ser bem frequente, uma vez que cerca de 20% da população sofre disso.
Mas, à medida que a pessoa envelhece, a proporção aumenta ainda mais, sendo que pode atingir mais de 50% das pessoas com mais de 80 anos.
Isso quer dizer que a principal causa da ruptura no tendão do ombro é por conta do desgaste natural que todos estão suscetíveis.
Atividades comuns do dia a dia tendem a ocasionar esse desgaste, mas pessoas que trabalham com uma função que exige esforço repetitivo acabam tendo maior tendência ao problema.
No entanto, o indivíduo também pode sofrer alguma lesão no tendão do ombro devido a traumas, lesões e esforços súbitos.
Ademais, outras possíveis causas de ruptura no tendão do ombro são as seguintes:
Degeneração tendínea
Na verdade, essa é a principal causa da lesão do manguito rotador, o qual ocorre em quase 95% de todos os casos.
Atividades comuns do dia a dia e o passar dos anos podem levar à degeneração natural e desgaste dos tendões.
Isso faz com que pessoas acima dos 40 ou 50 anos estejam mais suscetíveis a terem alguma lesão no manguito rotador.
Trauma ou acidente
Cair direto sobre o ombro também pode fazer com que o indivíduo sofra algum tipo de lesão, sendo que a gravidade depende da altura e do impacto.
No entanto, quedas em que o paciente utiliza as mãos para se proteger também pode levar à lesão do manguito rotador.
Sendo assim, pessoas que costumam praticar algum esporte ou atividade física têm maior tendência a ter esse problema.
Esforço repetitivo
Movimentar o braço de forma repetitiva acaba exigindo muito da estrutura. Por consequência, aumenta as chances de lesão.
O problema pode se tornar ainda mais provável no caso de envolver atividades que requerem a elevação do ombro acima do nível da cabeça.
Esse tipo de atitude pode levar à inflamação e ruptura dos tendões do manguito rotador, também.
Como é o diagnóstico da lesão no tendão do ombro?
Assim que você visita um médico especialista em ruptura de tendão no ombro, é preciso fazer alguns testes para confirmar a suspeita.
É verdade que um médico com anos de experiência pode identificar a lesão apenas com o relato clínico do paciente.
Mas, ainda assim, a fim de obter a confirmação do diagnóstico, o médico tende a solicitar algum exame de imagem, como a ressonância magnética.
Dessa forma, será possível obter imagens do tendão, fazendo com que o médico possa fazer o diagnóstico de maneira mais precisa.
Caso ainda seja necessário, o médico pode solicitar outros exames complementares, a fim de construir um tratamento mais adequado.
Como é o tratamento de lesão no tendão do ombro?
Na verdade, o tratamento pode variar bastante de acordo com o seu caso em específico. Afinal de contas, cada lesão possui as suas próprias características.
Em vista disso, o melhor a se fazer é procurar por um médico que possa acompanhar o seu caso e lhe dar respostas mais precisas.
No entanto, o tratamento pode se basear no uso de medicação, infiltração, fisioterapia ou até a cirurgia, se for algo mais grave.
Tenha em mente também que a demora para procurar um tratamento adequado pode fazer com que o problema se torne mais grave.
Na verdade, isso pode comprometer, de maneira permanente, todo o movimento dessa articulação, que é tão importante.
Quando a cirurgia para a lesão no tendão do ombro é a mais adequada?
A cirurgia somente é uma alternativa nos casos mais graves, quando há ruptura traumática, por exemplo, em especial se o paciente for mais novo.
Quanto antes fizer essa reparação, melhor. Afinal de contas, mais simples será a intervenção cirúrgica, oferecendo uma recuperação muito mais rápida.
Agora, em caso de ruptura degenerativa, a cirurgia apenas se torna uma alternativa quando o paciente sente muita dor, perda de força e impotência funcional.
Então, os critérios que indicam a necessidade de fazer uma cirurgia, são os seguintes:
- Perda de mobilidade de força;
- Idade;
- Incidência de grau de dor;
- Tratamentos anteriores sem resposta positiva.
Vou sentir dor após a cirurgia? Por quanto tempo vou usar tipoia?
Assim que o paciente recebe alta, ele precisa ir para casa utilizando a tipoia, bem como tomar alguns medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, os quais podem controlar a dor.
Depois da cirurgia, o paciente pode sim sentir um pouco de dor, mas é para isso que servem os remédios, para controlar.
Em relação ao uso da tipoia, isso pode variar de acordo com o seu caso, mas geralmente é preciso usar por cerca de 4 a 6 semanas.
No entanto, se porventura ocorrer alguma complicação ou qualquer outra coisa do gênero, o médico pode indicar o uso por tempo prolongado.
O ideal é que o paciente use a tipoia durante todo o dia, tirando apenas para tomar banho, Até para dormir é preciso usar, a fim de garantir a melhor cicatrização.
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